
“Plantas programáveis” poderão ser realidade graças à biotecnologia agrícola britânica Azotic Technologies
A empresa Azotic Technologies (Reino Unido) anunciou o arranque de um projeto de investigação para desenvolver um método inovador que permitirá “reprogramar” plantas de forma natural, tornando-as mais resistentes a pragas, doenças e condições de stress ambiental, como a seca e o calor.
O projeto recebeu um financiamento de 500 mil libras da Advanced Research and Invention Agency (ARIA), agência britânica dedicada a apoiar inovações científicas e tecnológicas. O objetivo é criar uma solução prática e de baixo custo, aplicável diretamente em sementes ou culturas já instaladas, através de um produto microbiano.
A empresa, sediada em York e criada em 2012 como spin-out da Universidade de Nottingham, vai utilizar o mesmo microrganismo presente no seu produto estrela de fixação biológica de azoto, Envita (comercializado na Europa como Encera). O ingrediente ativo, a bactéria Gluconacetobacter diazotrophicus, tem a capacidade única de colonizar células vegetais, fixar azoto e promover o crescimento.
Segundo a diretora de Investigação e Desenvolvimento da Azotic, Dr.ª Adriana Botes, o potencial vai muito além da fixação de azoto: uma vez no interior da célula vegetal, a bactéria pode ser usada para produzir e libertar moléculas bioativas que reprogramam as plantas, conferindo novas características benéficas ou combatendo ameaças como doenças fúngicas e pragas de insetos.








