Faz sete meses que foram confirmados, a sul do País, os primeiros focos de Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE). Segundo consta no último edital emitido pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) atualizado a 6/12/2023, foram notificados focos da doença em todos os distritos de Portugal Continental, apresentando-se toda essa área geográfica com restrições na movimentação de bovinos. Além disso, a exportação de bovinos com destino a Israel continua suspensa. As regiões autónomas dos Açores e da Madeira são as únicas regiões consideradas livres de DHE e, por isso, todos os ruminantes com destino às mesmas carecem de avaliação sanitária antes da sua movimentação.
Em pleno Inverno, seria de esperar que a actividade dos Culicóides (insectos vectores transmissores da doença) fosse residual ou mesmo inexistente e que o número de novos casos se reduzisse substancialmente. Contudo, a tendência não tem sido a desejada e através da partilha de informações com alguns produtores e colegas verifica-se que, de facto, existe um decréscimo no número de novos casos, mas, ainda assim, continuam a surgir casos clínicos, os quais são possibilitados devido à continuada actividade dos insectos em certas regiões. Entretanto, tudo leva a crer que na próxima Primavera o número de novos casos volte a aumentar e é importante estarmos preparados para mitigar as consequências e complicações associadas à DHE. Essa actuação será sempre no sentido da prevenção do acesso dos vectores aos animais (através da desinsetização ou abrigo dos animais à noite) e no tratamento sintomático, já que ainda não dispomos de vacina ou medicamentos contra o vírus. Como o tratamento específico dos animais infectados e com sinais clínicos é muito limitado, procurámos avaliar a acção de uma nova arma – o Multi-Solfen®.